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$oja: que se beneficia?


                                                                                                                                                                         Foto: http://pratoslimpos.org.br
 A produção Ajonjoli começou com hambúrgueres feitos de grãos de soja não transgênica. Passado alguns meses, e após juntar diversas informações negativas quanto ao consumo da oleaginosa, somado à dificuldade de encontrar o grão não transgênico a preço acessível, resolvemos evitá-lo  em nossos preparos. 
   E a restrição se estende à seus derivados: óleo de cozinha, tempero de saladas, margarinas, gordura vegetal, maionese industrializada, chocolates (lecitina de soja), leite e sucos de frutas à base de soja, temperos prontos etc...Nem sempre podemos identificar com clareza onde ela está presente, pois, também é usada  na indústria de cosméticos, farmacêutica, veterinária, de vernizes, tintas e de plásticos.
 O motivo? Mesmo que pareçam evidentes, listamos abaixo algumas informações:

Alimentos vegetarianos
  É verdade que o grão em questão possui uma quantidade considerável de proteínas, mas usá-lo como base protéica pode não ser saudável por motivos óbvios e outros não tão difundidos assim.  As famosas PVTs (carne de soja), por exemplo, muito usadas no preparo de strogonoffs, recheio de panquecas, kibes e diversos preparos, é uma muleta alimentícia para muitos vegans.  O que muitas pessoas não sabem, é que esse alimento passa por diversos processos industriais, como explica Flávio Passos:
Para produzir a proteína isolada de soja, os grãos da leguminosa são primeiramente moídos e depois mergulhados em solvente químico de petróleo, com o objetivo de extrair os óleos naturais do grão. O resíduo desta mistura, que é na verdade a sobra do processo industrial de extração do óleo é então misturado com açúcares e com uma solução alcalina (também química) para remover qualquer fibra. A massa resultante é então precipitada e separada utilizando uma lavagem ácida, feita geralmente em enormes tanques de alumínio. O ácido faz com que o alumínio se dissolva das paredes dos tanques e se concentre na soja... Finalmente, o que sobra é neutralizado em uma solução alcalina e depois desidratado em altas temperaturas para produzir um pó protéico.”

  Segundo o autor os grãos de molho na substância alcalina se impregnam de lisinealina, uma substância cancerígena resultante desse processo.  A proteína da soja fica tão desnaturada que se torna indigesta para nosso organismo, que pouco ou quase nada dela absorve.  Além disso, a maioria das PVTs  são feitas com soja transgênica, cujos efeitos no corpo humano ainda não têm comprovações científicas suficientes, ou seja, estamos sendo usados de cobaias.  Já se sabe que os transgênicos podem desencadear alergias e também há  a  possibilidade de transferência do DNA destes alimentos para bactérias presentes em nosso aparelho digestivo, deixando a dúvida se  aumentaria a resistencia desses microrganismos aos antibióticos.
  Deve-se alertar também para o risco das bebidas à base de soja que muitas vezes são dados para crianças  e bebês, às vezes até como substituto do leite materno. Essas bebidas têm uma alta concentração de fito estrógenos  (isoflavonas), substâncias que imitam o estrogênio dentro do corpo, que em excesso pode causar desequilíbrio hormonal e estimular o aparecimento de células cancerígenas.

  Esse mesmo autor orienta o consumo da soja em preparos fermentados e germinados, como há séculos preparam os orientais.
Ver mais em: 
http://alimentacaoviva.blogspot.com.br/2011/07/soja-verdade-por-tras-do-mito.html
Copyright Luis Guerreiro


  Você pode argumentar:   “- Melhor então é comer carne como fonte protéica!”. Engano seu. É  certo que o boizinho que forneceu seu bife e outros animais cujos pedaços você comprou em um açougue, cresceram comendo ração produzida com soja transgênica, plantada em zonas que antes eram preenchidas por matas nativas. Os que ainda pastam, o fazem em verdes campos também devastados.

  Me admiro quando conto a alguém que não como carne e o que ouço é “-Mas o que come então?” - Ervilha, lentilha, aveia, feijão preto, branco, carioca, fradinho, azuki, grão de bico, arroz integral, amendoim, farinha de milho, castanhas e quinoa por exemplos rápidos, são ricas fontes de aminoácidos. Claro que você não deve parar de comer carne e se alimentar de pão branco e macarrão!


Fatores ambientais
  Calcula-se que o plantio de soja transgênica do Brasil deverá atingir 24,36 milhões de hectares (!!!) na safra 2012/13, o que significa  90%  da área total semeada com a oleaginosa, como informa  a consultoria Céleres obtido pela Reuters. O cultivo da soja orgânica ocupa uma minúscula fatia dessa produção,  e quase toda a colheita sai do país,  exportada principalmente para a Europa para a criação de “carne orgânica”.

  Quando se fala no plantio da soja, a tecnologia, o desenvolvimente ecônomico e a erradicação da fome são exaltadas e suas consequências são omitidas. O impacto ambiental causado pela monocultura em larga escala  é imenso, desastroso. Cerrados e matas tropicais (inclusive a floresta Amazônica) no Acre, Mato Grosso e Goiás, campos no Rio Grande do Sul, matas de araucárias no Paraná, de cocais no  Maranhão, caatinga na Bahia, são devastadas indiscriminadamente em ritmo crescente em prol da economia. E, como consequência desse desmatamento, desequilibra-se o bioma local, extinguindo espécies de plantas e animais indispensáveis inclusive  para a vida dos humanos (embora pareça óbvio, muitos desconhecem ou preferem ignorar esse fato). Os agrotóxicos são pulverizados de aviões, envenenando o ar,  rios e outras vegetações vizinhas.
  Super pragas resistentes aos pesticidas, contaminações genéticas e esgotamento das capacidades do solo pela produção intensiva do grão, são ameaças iminentes que podem ocasionar a destruição da fauna e flora. 

   É certo que não é somente a produção da soja que desmata e contamina, mas é o cultivo  em maior escala e que cada vez mais invade áreas que deveriam ser preservadas. Na agricultura, a meu ver a soja é sim a principal ‘vilã’ ambiental (para não culpar os humanos).  

  A paisagem do país está se homogeanizando em um mar verde, do que pude ver da beira da estrada, os olhos não alcançavam um limite. Míseras  ‘ilhotas’ de árvores nativas abrigam famigeradas araras e outros bichos que resistem na nova realidade do cerrado.  

  O Brasil é o segundo produtor mundial de soja e certamente almeja o primeiro posto. É um cultivo que pode trazer uma sensível melhoria na economia do país a curto prazo, mas que atropela toda a sabedoria agrícola dos antepassados. A  cegueira monetária  dos latifundiários e políticos  não os permitem enxergar  e considerar o impacto que isso pode causar em um futuro próximo. É muito mais rico  em qualidade de vida e logo economicamente, um território que preserva seus recursos naturais.

   
fontes:

http://www.aprosoja.com.br/sobre-a-soja/Paginas/Os-usos-da-Soja.aspx
http://alimentacaoviva.blogspot.com.br/2011/07/soja-verdade-por-tras-do-mito.html
http://pratoslimpos.org.br

Assista o vídeo: Guia rápido para identificar os transgênicos no supermercado:
http://www.youtube.com/watch?v=IGpDT1iKwZo

Lista de alimentos com ou sem transgênicos
http://www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/guia_consumidor.pdf


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